Em 1998, a Hamasul surgiu na cidade de Mongaguá buscando atender uma necessidade de mercado por conta do crescimento do processo de verticalização na cidade. Hoje, 24 anos depois, a empresa atua em cinco municípios, com mais de 250 condomínios verticais e horizontais, residenciais e mistos – atendendo com os seus serviços aproximadamente 16 mil unidades autônomas. E nesse tempo de crescimento e de investimento, não foi somente na própria empresa que o impacto foi sentido: dos condomínios que administra, cerca de 170 estão na cidade de Mongaguá, proporcionalizando a frequência de mais de 20 mil pessoas, entre moradores, visitantes e terceiros. “É fato que a Hamasul está faz muitos anos no município de Mongaguá, e é uma administradora de muita credibilidade, que gera emprego na cidade, direta e indiretamente, e consegue levar a esses contribuintes – seja o morador local, seja o turista de veraneio – um pouquinho da cidade”, declara o prefeito de Mongaguá, Márcio Melo Gomes. “A boa administração da Hamasul representa também um conforto melhor na vida e no dia-a-dia dessas pessoas, que pagam seus condomínios e seu IPTU. Acho extremamente importante uma empresa que cresceu e se desenvolveu, que criou corpo na cidade de Mongaguá; criando uma estrutura que pudesse atender a todos. Isso ajuda na parte econômica da cidade, gera empregos, arrecada impostos... A Hamasul é de extrema importância para o município de Mongaguá, extremamente valiosa”.
E o sentimento é corroborado pelos números: a sede da Hamasul na cidade de Mongaguá emprega 42 dos 48 colaboradores espalhados pelas três cidades onde possui prédios administrativos (Praia Grande e Itanhaém possuem filiais da empresa). “Se fizermos um proporcional em relação ao quanto isso gera de emprego em um único local, talvez seja uma das empresas que mais gera emprego, proporcionalmente falando”, pontua o prefeito Gomes.
HISTÓRIA
“Cheguei aqui em 1998, depois de ter trabalhado mais de 20 anos na área de telefonia, em áreas totalmente diferentes de condomínio: na área de marketing e, principalmente, recursos humanos”, conta Antonio Carlos Gimenes, sócio-proprietário da Hamasul. “Mongaguá era muito diferente naquele tempo, havia mais um pessoal do interior, sorocabanos principalmente; a quantidade de prédios era menor: com mais de 60 apartamentos, havia apenas um único prédio. A tecnologia era outra, não tinha internet...”.
Gimenes conta que, aos poucos, a Hamasul foi implantando melhorias nos processos de gestão, acompanhando as tendências e demandas de mercado, com resultados significativos que refletiram no crescimento da carteira de clientes e início da consolidação da empresa. “Nosso atendimento era diferenciado: só se falava em atendimento presencial, e a gente foi digitalizando o que era possível. Na ocasião, a Hamasul foi pioneira em gerar, no mesmo documento, balancete e boleto de cobrança juntos; as outras administradoras, na época, mandavam um boleto bancário de cobrança e o balancete vinha impresso a cada dois ou três meses”, lembra ele. Mas o grande desafio, segundo Gimenes, não foi aplicar os processos tecnológicos na rotina do trabalho, nem acompanhar as movimentações mercadológicas, mas acompanhar a mudança do perfil de seu cliente. “Muita coisa mudou: hoje, o perfil do turista é diferente, o custo do imóvel é diferente, pois se popularizou muito, e por isso a cidade inchou muito e verticalizou bastante. E a gente precisa seguir a concorrência e o cliente: hoje ele é muito mais exigente, muito mais informado, mais atuante do que era no passado. Um dos maiores desafios foi nos adaptarmos a essa mudança gradativa de perfil, que também foi acompanhada pela legislação trabalhista e condominial”, conta.
À VANGUARDA: EXPANSÃO E DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento da Hamasul levou à criação da Predial Star; empresa do mesmo grupo e que oferece serviços de mão-de-obra especializada. “Logo nos anos seguintes, tivemos a criação da Predial Star, o que quebrou muitos paradigmas: havia, na época, muitos casos de funcionários sem registro, síndicos que buscavam pessoas sem registro para cobertura de férias, por exemplo, e isso causava muitos problemas trabalhistas”, explica Gimenes. “Como eu vinha da área de RH, montei uma empresa de mão-de-obra para suprir essa necessidade. Foi difícil, porque 20 anos atrás, a mão-de-obra terceirizada era vista com muita desconfiança. A Predial Star foi a primeira empresa de mão-de-obra terceirizada em Mongaguá e uma das primeiras na região. Nós começamos para atender a demanda da Hamasul; e hoje, a Predial Star tem um quadro de funcionários maior do que a própria Hamasul. A terceirização na região é uma realidade e já estamos partindo para a automação: portaria remota, entre outros”.
Isso corrobora o quanto o impacto da geração de empregos diretos existe: também sediada em Mongaguá, a Predial Star emprega hoje, diretamente, em torno de 300 colaboradores, distribuídos na administração, envolvendo pessoal técnico na área de recursos humanos, estagiários, área comercial e supervisores, para gerirem os colaboradores operacionais: porteiros, faxineiros, oficial de manutenção, controladores de acesso, auxiliares de serviços gerais e etc.
“Ajudamos bastante na formação de jovens que estão começando sua carreira profissional; e até mesmo de pessoas mais maduras”, explica Gimenes. “Mongaguá é uma cidade com vocação turística: não tem indústria, são pouquíssimas empresas aqui – é mais comércio, órgão público, bancos, construtoras, e não vai muito além disso. Então, além de fomentar o comércio – pois atendemos pelo menos 5 mil clientes que são turistas, que quando vêm pra cá, movimentam o comércio – nós contratamos indiretamente pessoal para trabalhar nos condomínios: portaria, faxina, zeladoria, eletricista, encanador... Incentivamos a criação de várias empresas de manutenção predial, o que é importante para as pessoas e para a cidade. E no tocante à arrecadação de impostos para a cidade, contribuímos com a melhoria da performance de um condomínio, que incentiva cada vez mais o turista de vir para a cidade”.
A expansão do grupo Hamasul prosseguiu ao longo dos anos: em 2018, quando comemorou 20 anos de atuação, toda a operação da empresa passou por uma reestruturação, tanto física, com novo prédio comercial, quanto organizacional, objetivando melhorar ainda mais sua eficiência e eficácia: foi implantado o Núcleo de Condomínios, para facilitar o atendimento aos síndicos e moradores, com gerente e assistentes de atendimento dedicados para os síndicos. Em 2016, inaugurou sua primeira filial em Praia Grande, e no final de 2019, houve a inauguração de sua segunda filial, em Itanhaém.
É claro que, mesmo com o crescimento da empresa, a pandemia também foi um grande desafio a ser enfrentado. “A pandemia mudou muito a situação da administradora. Antes, o forte da Hamasul era atendimento presencial, e tivemos que nos adequar ao atendimento virtual, até à assembleia virtual, e mesmo depois que normalizou, mantivemos muito do atendimento virtual”, conta Gimenes. “Acredito que, nos próximos anos, isso deve mudar ainda mais, pois a tecnologia visa minimizar custos e faz com que se acelere o processo virtual. Como fomos vanguarda em muitas situações tecnológicas, devemos seguir essa tendência. Temos que nos adaptar, e estamos investindo bastante nesse segmento: a internet veio para ficar, e no condomínio já é uma realidade. Vamos canalizar os aspectos positivos da coisa e descartar os negativos. Os positivos: a informação mais rápida, mais dinâmica, a integração, a facilitação”.
“A Hamasul é uma das maiores empresas, senão a maior da baixada, e a gente sempre procurou oferecer tudo de mais novo e melhor para o cliente, crescer e inovar; temos um grande investimento nessa área”, explica Jéssica Dittrichi Gimenes, diretora financeira da empresa. Ela faz um alerta: “Às vezes, concorremos, por exemplo, com imobiliárias; e sabemos que uma imobiliária não está preparada para administrar um condomínio como um administradora está, pois são ramos de atuação diferentes”. É por isso que a Hamasul continua investindo e se prepara para lançar seu braço tecnológico. “A Hamasul está bem estruturada e já está encaminhando para os planos que eu gostaria para o futuro”, explica Jéssica. “Em relação à tecnologia: o próprio aplicativo que estamos lançando agora, contempla a ideia de aproximar a Hamasul do cliente; e não só do síndico, mas também do condômino: poder oferecer ao cliente, através de tecnologia, uma forma de ele se sentir mais parte do condomínio, da administração, tendo autonomia para fazer reservas, postar algo no livro de ocorrências via celular, para estar por dentro de tudo que está acontecendo na administradora, poder entender o papel do síndico, do conselho, o que a administradora pode ajudá-lo e ajudar ao condomínio. Quero que a Hamasul seja fonte de informação ao cliente e um canal onde ele se sinta próximo e à vontade para buscar informação e interagir”.
UMA HISTÓRIA PESSOAL
É claro que, após tantos anos dedicados à empresa, a história empresarial se misturaria, de certa forma, à trajetória pessoal do sócio-prorietário, Antônio Carlos Gimenes. “É muito gratificante poder passar por todas essas transformações e poder perceber, acompanhar e participar diretamente de uma empresa pequena, numa cidade pequena com 60 mil habitantes, que acabou se consolidando e se transformando numa das três maiores empresas da região. Conseguir sair de 20 condomínios e saltar para mais de 200 condomínios, e se manter e consolidar no mercado, é uma grande recompensa”, diz ele, lembrando que o que ele mais gosta não está somente na administração em si, mas no papel humano do síndico e da administração: “o desafio mais importante é a mediação e resolução de conflitos entre pessoas nos condomínios”.
Gimenes conta, ainda, que acredita que a ligação da história da empresa com a história da cidade é algo pelo qual tem apreço particular, especialmente quando sente uma responsabilidade social embutida em seu cargo. “Quando eu vim para Mongaguá, eu havia sido somente empregado, e quando você se torna empresário, as coisas mudam: o empregado depende da decisão de terceiro. Como empresário, a decisão é minha; e o reflexo da minha decisão é automático. Você gerenciar pessoas, sendo você também um empregado é diferente de gerenciar sendo o empregador. Uma decisão sua interfere no destino de famílias, e numa cidade pequena, mais ainda, porque as pessoas se conhecem. A Hamasul, numa cidade pequena, acaba se destacando por isso: o que você faz é visto e notado. Por isso, a minha atuação social tem que ser compatível, porque tudo tem reflexo”.
Por fim, Gimenes ainda conta de sua satisfação pessoal no momento da carreira que vive atualmente: “Hoje, a maior recompensa e felicidade é poder estar convivendo com meus filhos, que estão dando sequência e me ajudando bastante na gestão da Hamasul e da Predial Star. A Hamasul ajudou bastante na formação da minha família, e possibilitou a formação dos meus filhos no ramo empresarial. É muito gratificante para um pai ter a sequência dos filhos em algo que ele escolheu”.
LEGADO
Para o futuro, a Hamasul continua investindo e com planos de expansão: não só o lançamento de um futuro braço tecnológico, mas também com a consolidação da marca e da empresa. “Eu gostaria de ver a Hamasul tão forte nos outros municípios quanto é em Mongaguá e Itanhaém. Ser um nome mais forte na baixada santista como um todo”, conta Jéssica Dittrichi Gimenes.
Já Antonio Carlos Gimenes ressalta que a expansão para os cinco municípios onde atua já é uma grande conquista atingida. “Vale ressaltar que estamos numa região muito bairrista. Não é muito comum na baixada empresas de Santos virem até Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Itanhaém – normalmente ficam mais setorizadas. Mongaguá é a menor cidade da baixada e, apesar disso, tem uma administradora que atua em cinco municípios – acredito que seja a única administradora da região que faz isso. Em breve, talvez a gente inaugure alguma coisa no Guarujá. É o legado que eu queria deixar: uma empresa já consolidada, líder do mercado e que mantenha esses pilares: idoneidade, profissionalismo, e que tenha uma gestão transparente, profissional; uma das maiores empresas de uma região tão grande e rica como é a baixada santista”.
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