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  • Foto do escritorHamasul News

WALDERCY FERREIRA: SÍNDICO DE HISTÓRIA

Os desafios de 18 anos a frente de um condomínio

O Sr. Waldercy Ferreira é um dos mais antigos síndicos que trabalham com a Hamasul. Sua figura é conhecida pelos funcionários da empresa - e sua personalidade é um traço marcante para quem o conhece. Com 18 anos consecutivos na tarefa diária de cuidar do Edifício Costa do Sol, em Mongaguá, Sr. Waldercy conversou com nossa reportagem, compartilhando um pouco de sua história e do seu conhecimento; afinal, em tanto tempo de administração, o que não faltam são histórias para contar. Confira o bate-papo:


O senhor é síndico faz um bom tempo de sua vida. Como é isso?

Sou síndico aqui há 18 anos; e moro aqui há 22. Praticamente toda a minha vida está aqui dentro. Felizmente, tudo o que tem aqui dentro do prédio fui eu quem fez ou mandei. Aqui não tinha piso, não tinha nada, e a gente devagar foi fazendo...


Como o senhor começou com esse negócio de ser síndico?

O síndico é eleito por eleição em uma assembleia. Não é que você se candidata: você se propõe a colaborar, a prestar um serviço para o prédio. Todas as vezes em que fui eleito, foi por unanimidade. Sou um síndico presente. A minha senhora fica lá em São Paulo, e eu fico aqui em Mongaguá, e quando a gente se vê, ela reclama: “você só fala em prédio!” (risos). Procuro administrar da melhor maneira possível, e errar o menos possível. É claro que se o síndico é bom, por trás dele tem quem coordena a parte administrativa, financeira, a cobrança; e no meu caso é a Hamasul. É uma empresa idônea, de primeira linha e que me atende muito bem, uma empresa de alto nível. A equipe é muito boa, coesa, e trabalha em benefício do condomínio, e isso é muito importante. Quero agradecer por eles sempre fazerem o melhor pelo prédio.


O senhor fala com bastante gosto do que faz. Você gosta?

Se você faz uma coisa contra a vontade, ela não é bem feita. Se você curte seu trabalho com aquela força de vontade de fazer tudo dar certo, dá certo! É difícil agradar a todos, a gente nunca vai conseguir, porque um gosta de amarelo e o outro de verde, mas tentamos fazer todas as escolhas terem sentido.


E o papel do síndico é um pouco esse também, certo? Ser essa pessoa que toma as decisões.

Tem que ter pulso. E isso não é “peitar”, mas tentar entender as críticas. Mesmo que seja a pior crítica, eu tomo como uma crítica construtiva, e diante disso dou a resposta. Lógico que quando a pessoa cutuca a onça com vara curta e faz uma pergunta capciosa, ela também tem uma resposta capciosa (risos).


O senhor já tinha tido alguma experiência com gestão de condomínios antes?

Trabalhei 37 anos na Philips, onde era gerente da área de estatais e cuidava só de órgãos públicos. Sempre me considerei uma pessoa organizada. Meus documentos estão sempre em dia: tenho cópias de todos os cheques do condomínio, dos documentos. Espero que o dia que eu tiver um sucessor, ele possa dar continuidade ao trabalho.


Como é o dia-a-dia do senhor como síndico?

De manhã, saio para fazer vistoria com o objetivo de ver se, porventura, tem alguma coisa errada. Costumo manter uma manutenção rigorosa. É um fator primordial de qualquer prédio. Se você abandonar a manutenção, em seis meses, seu prédio está pela metade. Esse controle é feito diariamente, porque o que hoje está bom, amanhã pode não estar. A gente tem que procurar evitar que as coisas se acumulem. O acompanhamento é importante. Às vezes, na reunião, o pessoal critica, fala que a manutenção está cara. Mas é porque é feita. Enquanto eu for síndico, não vou deixar a peteca cair.


Qual a maior dificuldade de ser síndico?

A maior dificuldade é o síndico entender que será cobrado, e nem tudo que ele faz vai ser bem visto, que também recebe críticas.


E qual é o maior prazer? Qual é a parte que você mais gosta?

Eu gosto de todas! Sou aposentado, então isso é a minha vida. Os afazeres do prédio me ajudam muito a viver, a vibrar e a ver um futuro mais amplo na vida. Eu sempre sou uma pessoa que vibra com aquilo que faço. Para mim, todos os problemas são pequenos, desde que se tenha força de vontade para resolvê-los.


Dá para perceber que o senhor fala com carinho do prédio.

Eu falo, porque eu sei o que eu fiz aqui. Eu vejo um prédio de antes e outro depois. E quando eu for embora, vou deixar um legado.


Então o senhor não pretende parar?

Eu não vou lá “brigar” para ser síndico. Se eu tiver uma sucessão, vou desejar àquele me suceder que seja tão bom quanto eu, ou melhor. A gente nunca deve pensar que a gente é único. Eu nunca pensei assim.


Qual o conselho que o senhor daria para o recém-síndico?

Eu diria: "meu grande amigo: desejo a você tudo de bom; é uma barra um pouco pesada, mas ela deixa de ser pesada desde que você se empenhe, faça uso direito do seu cargo e de suas obrigações”. Se for para ser um síndico apenas no nome, eu aconselharia a não pegar, a recusar. Um síndico precisa ter boa vontade, carisma e seguir as normas e procedimentos que fazem parte da convenção. Colocar num papel que é síndico é fácil. O difícil é trabalhar pelo prédio.

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