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  • Foto do escritorHamasul News

A experiência de sindicância em condomínios horizontais


O crescimento de condomínios horizontais já é uma tendência no mercado imobiliário. Condomínios de casas tem sido empreendimentos que ganham cada vez mais impulso, tornando-se uma nova opção para moradores que buscam por maior qualidade de vida. Mas qual as diferenças dos condomínios horizontais para os verticais, de prédios? Nesta edição, conversamos com Luciane Santos Baracho, síndica do Mares do Sul I, condomínio horizontal de Itanhaém, administrado pela Hamasul. Luciane contou um pouco sobre sua rotina como síndica e sobre as diferenças e semelhanças entre o trabalho de síndico em condomínios verticais e horizontais. Confira:


Como foi que você se tornou síndica? Como foi para esta área?

Sou funcionária pública e estou há quatro anos morando em Itanhaém. Assim que fui morar no condomínio, comecei a ter contato com outros moradores, eles sugeriram que eu fosse síndica. De início, pensei ‘não, é uma coisa muito complicada, administrar uma vida só já é difícil, imagina a das outras pessoas’, pois aqui são 38 moradores, mas acabei me deparando com esse convite. Após algumas conversas, e após uma reflexão sobre o condomínio, acabei topando e aceitando o convite. Acredito que o condomínio é como uma empresa que administra nosso próprio patrimônio, então busco sempre conversar com todos para que mantenham o condomínio em dia, para poder manter a ordem financeira e assim preservar o patrimônio, pois quando vai ruim, desvaloriza o patrimônio de todos.


Quanto tempo você está como síndica?

Estou na segunda gestão de dois anos; estou no quarto ano.


Você já tinha sido síndica antes?

Sim, até fui, e por isso não queria (risos). Lidar com pessoas, com vidas, é difícil. O financeiro não estando sadio, você não consegue administrar bem. Mas eu sempre estou tentando conciliar, evitar o conflito, falar com as outras cabeças pensantes do conselho; eu uso o meu conselho, falo com meu subsíndico, com os meus conselheiros, vejo a opinião de todos, pois é difícil, mas a gente precisa ter unidade, consenso.


Qual você acha que é a maior dificuldade como síndica?

Resistência ao novo. Por exemplo: tecnologia. Tem gente que deseja automatizar, tem gente que prefere não mudar, até porque sempre qualquer melhoria gera custo. Por exemplo: em nosso condomínio tínhamos problemas com bombas que sempre estavam queimando, e para ter menos problemas, um especialista sugeriu automatizar. Então instalamos um sistema tecnológico que impede com que as bombas queimem, e aí tivemos uma melhoria. Mas sempre gera custos e divide opiniões, e daí entra o fator de lidar com o ser humano (risos).


E qual o maior prazer que você tem como síndica?

Eu fico muito feliz quando vejo um projeto e ele se realiza, fica pronto, mesmo quando é algo pequeno, eu fico feliz, pois vejo que se realizou! E eu quero ainda fazer um inventário para deixar tudo direitinho para o próximo gestor que for assumir, para que qualquer um que venha assumir não fique dependente da anterior. Pois penso também como proprietária, e temos que fazer valer o nosso bem, o nosso patrimônio triplicar de valor, e isso começa por atitudes assim.


É a primeira vez que está morando num condomínio horizontal? Qual a vantagem que você avalia em relação ao vertical?

Nunca morei, é a primeira vez, e estou amando. A principal diferença é o barulho (risos). Não tenho ninguém em cima de mim, e para mim que trabalho com escala em horário não usuais, que não combinam com o vizinho, acabo tendo mais sossego. Nos novos empreendimentos verticais, economiza-se custo e a acústica fica devendo, então tenho mais sossego.


Na gestão do síndico, você acha que muda alguma coisa para o condomínio horizontal?

Não. Acho que tem a ver com o comprometimento: o síndico precisa se comprometer, trazer o conselho para a responsabilidade, pois tem gente que quer participar do conselho só para dizer que faz parte, mas eu quero um conselho atuante, pois a resposta de cada um é importante. Gosto de ouvir a opinião de cada um para ajudar nas escolhas. Cada um tem sua parcela de parceria com os moradores.


E qual você acredita ser o papel da administradora junto ao síndico?

A importância da administração é fundamental. Tem a parte bancária; a administração vai te dar a situação atual do condomínio, vai apontar todas as legalidades, ter a bagagem da lei, vai te passar as problemáticas e as orientações, ajuda a seguir a convenção e tal. A administradora tem o conhecimento.


Qual o conselho que você daria para outros síndicos com base na sua experiência? O que o síndico ou síndica precisa ter para fazer o trabalho de maneira assertiva?

O primeiro papel é saber que o condomínio funciona como uma empresa: precisa ter essa visão. Se deixarmos o financeiro cair, desvaloriza o imóvel. Quando você faz benfeitorias, ele valoriza. Digo também para usar o conselho, pois se ele for atuante e participante, ele vai estar ciente do que está acontecendo dentro do condomínio. O síndico vai escutar algumas coisas? Vai; mas dá pra fazer uma boa gestão, basta se comprometer, pois depois que você ver o seu projeto feito, isso é muito gratificante. No meu caso, o financeiro estava quebrado, com dívidas, e aos pouquinhos fomos ajustando a ponto de conseguir fazer reformas, valorizar, e isso é muito satisfatório; mas é trabalho.

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