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  • Foto do escritorHamasul News

Márcio Melo Gomes: os desafios de ser prefeito de Mongaguá

A Hamasul nasceu há 24 anos, na cidade de Mongaguá – município que a acolheu e que possibilitou o seu crescimento para outros quatro municípios da baixada santista. Nesse momento em que comemora sua expansão e consolidação dos seus negócios, nossa reportagem aproveitou para conversar com o prefeito de Mongaguá, Márcio Melo Gomes.

Graduado em Gestão Pública, filho de Givaldo Alves Gomes e de Aparecida Conceição Melo Gomes, Márcio nasceu em 18 de março de 1978. Foi eleito vereador de Mongaguá em 2004, com 526 votos. No biênio de 2005/2006, foi presidente da Câmara. Em 2008, foi reeleito com 1.356 votos, a maior votação da história da Cidade para o Legislativo. Exerceu a função de vice-prefeito entre 2013 e 2018, assumindo o Executivo em 30 de novembro de 2018. Desde então, impulsionou as ações do Poder Público, formando uma equipe técnica, dando oportunidade aos servidores de carreira da Prefeitura. Seus trabalhos contemplam todas as áreas, principalmente, Saúde, Educação e Infraestrutura. Confira a entrevista:


Conte-nos um pouco de sua trajetória profissional antes de ingressar na vida pública.

Comecei muito cedo, com 9 anos de idade ajudando ao meu pai na “casa do Norte”, nos restaurantes que ele montou na época. A gente trabalhava sempre lidando com o público, no comércio. Depois, fui trabalhar com ligação de esgoto em São Vicente através da Sabesp. Fui também ser vendedor para um frigorífico muito tradicional. Aprendi minha visão comercial desde sempre, muito com o meu pai. Foi um período que aprendi bastante no dia-a-dia com os restaurantes, e desde muito novinho acompanhando minha mãe que era quiosqueira, sempre com essa ligação com o lado comercial.


Você é natural de Mongaguá? Qual sua relação com a cidade?

Nasci em São Vicente, mas no dia seguinte já estava morando em Mongaguá. Minha mãe foi apenas para São Vicente para o parto. Tenho toda uma história com a cidade desde o meu primeiro dia de vida, e nesses 44 anos de vida.


Por que o interesse em participar da política? Como foi que se envolveu com a área?

Meu pai era vereador; até que perdeu uma eleição. Eu não tinha muita afinidade com a política – na verdade tinha até um certo repúdio – mas quando meu pai perdeu a eleição, algumas pessoas me procuraram porque acabaram ficando um pouco órfãos de ter uma liderança que pudesse defende-los. Com um grupo de amigos do bairro, decidimos fazer uma reunião e resolveram apostar num nome, e o nome foi o meu. Na primeira eleição de 2004 já saímos vitoriosos. Foi como último colocado (com 529 votos) mas foi uma eleição muito importante para mim, uma das mais emocionantes, pois conseguimos um resultado inédito, sem estrutura de campanha, e consegui com isso dar os primeiros passos como vereador na cidade de Mongaguá.


Da sua experiência na vida pública, quais foram os maiores desafios que encontrou, seja como vereador, presidente da Câmara ou como prefeito?

São vários; ser presidente da câmara muito novo no primeiro mandato foi um grande desafio: ser uma liderança perante aos outros vereadores e fazer projetos importantes como os gabinetes dos vereadores. Acredito que o processo de 2018 foi muito difícil, pois assumi uma cidade com desconfiança total. Mas, sem dúvida nenhuma, o maior desafio foi em 2020, com a questão da pandemia, por tudo o que o mundo sofreu, pelas questões econômicas e por todas as incertezas e o medo que cada um de nós tínhamos. E fico feliz que mesmo com esse desafio, conseguimos implantar programas, uma metodologia e um planejamento com toda a equipe para ter um menor número de casos e de vítimas; fazer com que as pessoas pudessem ser atendidas, e criar todo um aparato de conscientizar as pessoas no momento de fechar comércio, entre outros; foi o maior desafio pois foi um momento em que falávamos de vidas, não só de questões econômicas e comércio.


Qual a maior recompensa?

No final, eu acredito que a maior recompensa é a vida. Acho que você sair da pandemia com o menor número de casos, o menor número de mortes, passando por todo o desafio que foi implantar isso para toda a população; e no final a gente colher esse êxito é, sem dúvida nenhuma, a melhor recompensa. Tivemos outras, como o reconhecimento da população na minha reeleição, ou quando fui presidente da câmara, mas poder ter feito esse papel e conseguido ter passado por isso e ver as pessoas hoje com esperança de novo na vida; não tem preço no mundo que pague.


Pensando no Poder Público como algo integrado, como você acredita que a gestão de um prefeito deve funcionar? O que deve ser priorizado?

Governar é entender que tudo é prioridade. Muita gente vai falar que é a saúde, se estiver doente. Muita gente vai falar que é pavimentação, se você não tiver a rua pavimentada. O prefeito tem que ter essa sensibilidade e essa visão da importância de investir em todos os segmentos. E no caso de uma cidade turística, é mais complicado ainda, porque você tem 58 mil moradores fixos, mas que durante a temporada chega a 300 mil pessoas. Esse é o desafio: atender esses anseios e fazer com que a cidade cresça e possa se desenvolver. Eu acredito muito em projetos como os nossos, que colocam em prática obras importantes, investimentos em todas as pastas.


Hoje, quais os maiores desafios na cidade de Mongaguá e qual o seu foco de atuação dentro desses desafios?

Acredito que seja a retomada da questão econômica; a retomada da vida. Acredito que ainda temos muito o que fazer na questão das enchentes; mesmo tendo melhorado muito essa questão em vários bairros, inclusive que sofriam com isso fazia muito anos. Naquilo que a gente precisa progredir: melhorar a questão orçamentária do município, criar programas para isso, criar eventos para isso; já que estamos numa cidade turística, lidar melhor com os pontos turísticos para que a cidade cresça cada vez mais, mas principalmente economicamente. Assumimos a cidade em 2018 com um orçamento de 218 milhões, e hoje, três anos depois, já estamos na casa de 330 milhões. O objetivo é fazer com que isso cresça cada vez mais, para que a cidade tenha um poder econômico melhor para poder investir e isso melhore a questão turística e a vida das pessoas que aqui residem.


Sabemos que a função do prefeito é muito mais complexa, mas podemos traçar um paralelo da função com a gestão de um síndico. Quais as dicas vindas da sua experiência que você daria para um síndico ou síndica?

Eu diria que é você ouvir mais do que falar. Você estar mais perto. O prefeito tem 58 mil moradores da cidade, onde cada um pensa de um jeito, cada um fala de um jeito, com opiniões diferentes. Acho que o síndico tem esse desafio: são muitos moradores no mesmo local, cada um defende um ponto de vista, cada um com sua maneira de pensar, e o síndico sempre vai estar no meio. Então, a dica é tirar dali as melhores ideias e seus conceitos para ter sua opinião própria, e fazer seu trabalho da melhor maneira – até porque nunca vai conseguir agradar a todos.


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