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SÍNDICO PROFISSIONAL: um espaço aumentando

O síndico profissional João Carlos Tobias conta um pouco de sua experiência


O síndico é, sem dúvida, uma das figuras mais importantes do condomínio. Ele é a figura responsável por fazer a ponte com a administradora e mediar situações e conflitos do cotidiano do prédio. Sem ele, é caos na certa. E existe, atualmente, uma função que vem ganhando bastante destaque ultimamente: a figura do síndico profissional. Diferente daquele morador que assume a responsabilidade de fazer a gestão do condomínio, o síndico profissional é uma pessoa habilitada, através de cursos e formações, para exercer a função, inclusive quando ninguém de dentro do prédio deseja assumir a tarefa. Contratar um síndico profissional é, inclusive, uma alternativa nesses casos.


Nesta matéria, conversamos com o Sr. João Carlos Tobias, síndico profissional da J.I Prevent e o primeiro síndico profissional parceiro da Hamasul na cidade de Itanhaém. Confira a conversa:

O síndico profissional João Carlos Tobias.

Me conte um pouco sobre você e sua experiência como síndico.

Sou funcionário público da Polícia Científica do Estado de São Paulo há 38 anos, e tenho como formação Administração de Empresas e Gestão de Pessoas pela FGV e graduação em Segurança do Trabalho.

Estou Presidente do Conseg (Conselho de Segurança) de Itanhaém, Diretor da Pasta de Segurança da ACAI (Associação Comercial de Itanhaém), Presidente da Coalizão Antidrogas de Itanhaém e Diretor Regional do CONASI (Confederação Nacional dos Síndicos).


Atuei como síndico orgânico (nota do editor: aquele que não é síndico profissional) por cerca de 15 anos, e há aproximadamente seis anos, conheci minha esposa, que é apaixonada por condomínios. Juntos, fundamos a J.I. Consultoria, empresa que atua em consultorias nas áreas empresarial, condominial e de segurança do trabalho.


Qual é o edifício que você administra? Quais são os maiores desafios dele?

Como síndico profissional, exercemos a função em cinco complexos condominiais, estando entre eles os residenciais Maremonti, Morro do Costão e Bem-Estar (em Itanhaém). Estes três condomínios foram implantados pela J.I. Consultoria e cada um tem uma forma diferenciada de se administrar.


Os maiores desafios de se implantar um condomínio vão desde a formação dos colaboradores, convocação de assembleia para aprovação de sistemas de segurança (como CFTV, cerca elétrica e sensores de barreira), até o acompanhamento e cobrança junto à construtora do prédio das garantias pós-obra. E o principal, que é a relação de convivência dos condôminos, formando um condomínio com personalidade própria.

Nossa experiência nos possibilita dizer que não existem condomínios iguais: cada um tem um tipo de condômino, uma cultura, uma posição financeira e um regulamento que nos faz administrar de acordo com as características de cada um.


Porque e quando resolveu se tornar um síndico profissional? (aqui ele só não respondeu o “quando”, talvez melhor tirar da pergunta? O que acha?)

A maior responsável de atuarmos no ramo é minha esposa, que é apaixonada pela vida condominial.


Para você, qual a principal vantagem que o síndico que se tornou profissional tem em relação ao síndico no cotidiano, sem essa formação?

Hoje, quando falamos em administração condominial, devemos pensar que um condomínio tem que ser considerado uma empresa, com grandes receitas e despesas. Neste sentido, o síndico também tem que ter conhecimento e formação para poder administrar. A diferença entre o síndico profissional e o orgânico é que o profissional tem que se dedicar exclusividade à atividade de administrar o condomínio, inclusive se atualizando com tudo o que acontece no mercado condominial.


Não podemos esquecer também que existem responsabilidades definidas em Lei, como o artigo 1.348 do Código Civil, que diz que o síndico é responsável civil e criminalmente por tudo que acontece no condomínio. Neste sentido é que o síndico profissional vem ocupando cada vez mais o espaço do síndico orgânico, pois o patrimônio conseguido à duras penas tem que estar na mão de um profissional.


Para o síndico que está querendo se profissionalizar, quais seus conselhos e indicações? Como ele deve procurar essa qualificação?

Na minha opinião, o síndico para se profissionalizar tem que ter alguns requisitos: nível superior na área de administração ou contábil; e procurar uma escola ou curso com credibilidade e carga horária que lhe transmita todo conhecimento que irá precisar para exercer a função. Também é essencial estar sempre atualizado com o mercado condominial, participando de feiras, congressos e eventos.


Como você soma sua experiência como síndico com a administradora? Como é a relação de vocês e que tipo de respaldo ela oferece?

O síndico tem que ter expertise para escolher o seu maior aliado, que será sem dúvida a administradora. Sabendo-se que uma administradora tem cerca de 160 atribuições que competem a ela junto ao condomínio, se o síndico não souber escolher, estará fadado a sucumbir em sua gestão.


Na sua opinião, qual é o maior desafio que o síndico enfrenta? E como contorna-lo?

O maior desafio de um síndico profissional nos dias de hoje é o fato de estarem sucateando o mercado com síndicos malformados, com baixo grau de instrução e com escolas que distribuem certificados por dinheiro sem qualquer critério de avaliação. Para contornar isso, é preciso tomar cuidado desde a formação do síndico até a forma de contratação dele. Síndico tem que ter curriculum.


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