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Empreendimentos verdes: a sustentabilidade é uma necessidade

A preocupação com sustentabilidade e com hábitos de vida mais alinhados com consumo sustentável tem sido uma preocupação não só das novas gerações, mas promovido um debate amplo em vários setores da sociedade. E essa tendência tem sido aplicada cada vez mais na engenharia, com os chamados empreendimentos verdes. Por volta de 80% da energia global é consumida pelos aglomerados urbanos, e os edifícios representam aproximadamente 40% deste consumo. A boa notícia é que o Brasil já é o 5º no ranking mundial de construções sustentáveis. Nos últimos anos, as soluções baseadas na preservação da natureza - essência do investimento sustentável - têm ampliado demandas por condomínios sustentáveis. E há vários itens que tornam os empreendimentos "verdes".


Um exemplo é a adaptação em condomínios para carregamento de carros elétricos. Esse mercado apresenta crescimento acelerado desde 2015, na comparação com a evolução anual de veículos convencionais no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o setor teve desempenho recorde com aumento de 29,4% nas vendas entre janeiro e abril de 2021 no Brasil. Um reforço nessa tendência veio com uma lei municipal de março de 2021 (n° 17.336), que estipula que novos edifícios residenciais e comerciais da cidade de São Paulo tenham soluções para recarga de veículos elétricos em suas plantas. “A lei traz uma série de benefícios para os empreendimentos: visibilidade, ganho em marca e alinhamento com as necessidades globais de sustentabilidade por causa de questões climáticas”, afirma Raphael Pintão, sócio-diretor da NeoCharge, empresa pioneira em infraestrutura para veículos elétricos e líder no mercado em venda de carregadores de carros elétricos.


Outra tendência que pode ser usada como exemplo é a valorização da luz natural na construção civil – e não é só uma tendência estética. "O planejamento de espaços com previsão de incidência solar garante otimização energética para o edifício como um todo", explica o engenheiro civil Maurício Wildner da Cunha, da Construtora Andrade Ribeiro.


A tendência é que quem economiza recursos naturais também gaste menos dinheiro: a adesão à energia solar tem aumentado intensamente e está se tornando um meio bastante eficaz para empreendimentos imobiliários reduzirem custos de consumo e avançarem em sustentabilidade.


Para medir o nível de sustentabilidade das construções a nível mundial, a organização Green Building Council, com sede nos Estados Unidos, criou o selo LEED (sigla para Leadership in Energy and Environmental Design – Liderança em Energia e Design Ambiental, em tradução livre), que certifica os prédios e residências que atendem a requisitos de boas práticas nas categorias eficiência energética, uso racional da água, materiais e recursos e inovações e tecnologias.


Ao realizar uma avaliação, a instituição pontua o projeto de 40 até 110 pontos. A depender da nota atingida, o projeto recebe o selo LEED de ouro, prata ou de platina. Conforme a unidade brasileira do Green Building Council, o Brasil já é o 5º colocado no ranking mundial de construções sustentáveis, atrás dos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Canadá e China.


O valor atual para construções de um empreendimento sustentável certificado está entre 2% a 7% maior que o custo de um empreendimento convencional. Em contrapartida, os custos operacionais são em torno de 6% a 9% menores: os valores gastos com água são reduzidos de 30% a 50%; com a energia, de 25% a 30%; e, com a gestão de resíduos, de 50% a 70%, o que compensa esse investimento inicial maior. Em uma construção sustentável, esse retorno acontece entre 3 e 5 anos.


ECONOMIA DE ENERGIA EVITA APAGÕES

Uma outra preocupação que faz a construção civil e a sociedade de maneira geral buscar soluções sustentáveis é o risco de apagão. De 2005 até 2021 ocorreram, aproximadamente, 13 apagões regionais ou nacionais. “Considerando que o risco é inerente ao sistema elétrico atual, dificilmente vamos evitá-lo, mas podemos diminuí-los economizando energia elétrica, água e, dentro do possível, investir em energia solar”, diz o engenheiro eletricista Sergio Levin, especialista do Ibape/SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia).


Até que nossos sistemas sejam adaptados para modelos mais sustentáveis, a economia de energia é indispensável. A engenheira civil Flávia Cristina Duque, CFO do Grupo BR Work, indica que o principal vilão da conta de luz ainda é o chuveiro elétrico. Se utilizarmos o chuveiro na posição morno ou verão, haverá uma economia de cerca de 30% (R$30). "De maneira geral, reduzir o período que utilizamos aparelhos de maior potência, principalmente quando nos referimos aos equipamentos que necessitam de energia, para gerar calor, afeta significamente o consumo final da nossa conta". O mesmo vale para o ferro de passar, cuja recomendação é esperar acumular roupas e passá-las de uma vez. Aquecedor e ar-condicionado também ligam o alerta. O primeiro pode representar até um terço do consumo de luz da casa. Aparelhos em standy by devem ser tirados da tomada ao ficar tempo sem uso – especialmente nos apartamentos de veraneio, onde as visitas são menos frequentes.

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