Você já ouviu falar de ‘retrofit’? É uma tendência arquitetônica que renova condomínios residenciais e dá vida nova às edificações antigas. Trata-se de reformas e readequações de espaços antigos para que possam atender às novas demandas dos condomínios, seja em suas unidades autônomas ou em áreas comuns. Edificações construídas em décadas passadas não ofertam a mesma estrutura que integra a concepção atual dos prédios; os novos empreendimentos hoje já saem com mais vagas de estacionamento, e área de lazer composta por academia, SPA, quadras, piscinas e áreas de convivência comum entre os moradores.
“Prédios antigos, quando contam com espaços sociais, estão obsoletos e pouco utilizados, pois a rotina dos brasileiros mudou. Quem não tem tempo para frequentar uma academia fora do prédio, preza por uma boa estrutura disponível onde mora. E com o aumento do número de pets nas famílias, uma área disponível para essa convivência está se tornando imprescindível”, explica o arquiteto Bruno Moraes, que possui um escritório em São Paulo e atua em projetos de retrofit – que, em prédios mais antigos, ajudam a valorizar o imóvel e se tornam atrativos para mercado imobiliário. Além da vantagem da funcionalidade para os moradores, o retrofit agrega valor tanto ao condomínio quanto ao imóvel. O processo de renovação predial também se traduz em economia nas contas prediais, com a substituição das lâmpadas tradicionais por LED, que impactam na economia de energia elétrica. A Equipamentos de ar-condicionado mais atuais igualmente entram nessa conta. Por meio do retrofit, o condomínio obtém a valorização do imóvel e, por meio das benfeitorias, é possível recuperar o investimento da obra em um prazo máximo entre dois a três anos.
Ao ser contratado, Bruno Moraes esclarece que o primeiro passo é elaborar uma avaliação completa da estrutura do prédio, além de verificar minuciosamente as instalações elétricas e hidráulicas, assim como os revestimentos e mobiliários existentes no condomínio. “Além da estética que pode ter mudado, os revestimentos antigos não tinham preocupação com a acústica. Também buscamos renovar o mobiliário, que em grande parte das construções era feito de alvenaria e ocupava muito espaço”, esclarece.
A equipe do escritório igualmente atua para identificar os espaços ociosos no condomínio que podem ganhar novas funcionalidades adequadas à necessidade atual dos moradores. “Espaço para pets e até mesmo um home office agradam em cheio à rotina atual do viver nas grandes cidades”, completa Bruno.
Crédito das fotos: Luis Gomes.
Em um retrofit realizado em um condomínio residencial na zona sul de SP, o arquiteto Bruno Moraes transformou um pequeno salão de festas, que gerava insatisfação por não comportar um número maior de convidados, uma academia apertada e desatualizada, além de uma sauna disfuncional. A área antiga de 25m² da academia era insuficiente para dispor os equipamentos e promover conforto e fluidez aos usuários. Para a ampliação, que resultou em um ambiente com 50 m², foram realizados estudos estruturais que permitiram quebrar a parede existente e incorporar a antiga sala ao lado. A sauna, que tinha abertura direta para a academia, causava desconforto, já que para usá-la era necessário sair vestido com trajes de banho e atravessar a academia para chegar até a ducha. A solução foi oferecer dois acessos à sauna – um independente e outro conectado com a academia – tornando o espaço muito mais reservado e funcional. O aproveitamento das áreas do prédio ainda permitiu a construção de um SPA conectado à sauna. A inclusão de um novo ambiente foi possível graças à integração de um hall – sem função no prédio – para oferecer um ambiente voltado completamente ao bem-estar.
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