Nesta edição, conversamos com José Adenildo, síndico profissional e parceiro da Hamasul, que administra o edifício Ilha de Capri. Certificado pelo SICON (Sindicato dos Condomínios Prediais do Litoral Paulista), ele conta um pouco de como é sua rotina e como enxerga a atividade de gerir um prédio. Confira:
Me conte um pouco sobre sua trajetória e como você se tornou síndico.
Antes de ser síndico, participei efetivamente do Conselho Fiscal do condomínio, para que eu estivesse mais preparado para função.
O modelo de gestão que planejei e aplico já a 16 anos no Edifício Ilha de Capri é muito baseado naquilo que aprendi como executivo de 27 anos de carreira em uma multinacional, além de outras grandes empresas nacionais da área de administração de empresas, logística e transportes. Posso afirmar que tive bastante sucesso, porque comecei como ajudante de depósito e saí como executivo maior na área de logística e transportes. Depois disso, mantive uma consultoria de logística e transportes por mais dez anos, desenvolvendo muitos projetos na área.
Sou formado em Administração de empresas com educação continuada em logística e transportes. Do lado institucional fui bi-presidente da ASLOG (Associação Brasileira de Logística, atual ABRALOG) o que me ajudou muito a desenvolver minha rede de contatos.
Acredito que outra motivação importante foi utilizar toda esta experiência profissional e de vida como voluntário para esta missão desafiante, o que para alguns não é muito confortável.
Penso que a gestão de síndico deve ser profissional, acima de tudo, até porque não existe outra forma de gestão. Estamos falando de uma empresa, chamada condomínio.
Também penso que, para ter sucesso nesta função, existem entre outras questões:
Um síndico profissional que gosta do desafio; um conselho fiscal transparente e atuante uma administradora de credibilidade e competência; e prestadores de serviços confiáveis e qualificados adequadamente.
Ser síndico não é obter unanimidade, mas busca-la sempre.
Como você faz para se manter atualizado para fazer a gestão do prédio?
Através de cursos e treinamentos constantes, participações em eventos da área, leitura de matérias correlacionas, de livros e revistas da área, e benchmarking com colegas da área.
Como e por que você escolheu a administradora?
Não vejo como, por menor que seja o condomínio, não termos uma administradora de credibilidade e competência, para organizar toda a parafernália de pagamentos gerais, cumprimentos de leis fiscais e trabalhistas, além da decisão compartilhada nas decisões mais importantes do condomínio.
Como deve ser a relação entre síndico e administradora? Como eles devem trabalhar juntos em prol do prédio?
A mais transparente possível e com uma visão muito assertiva de trabalho em equipe, que utilize a mesma linguagem, principalmente nos casos mais complicados. A relação tem que ser muito saudável e motivadora. A confiança mútua é fundamental.
Quais as maiores dificuldades que você enfrentou ou enfrenta como síndico?
Fazer prevalecer e cumprir a convenção e o regulamento interno que rege a rotina do condomínio; e a falta de conhecimento destas regras, principalmente por parte de veranistas convidados e visitantes. Outro desafio é controlar o fluxo de dinheiro, eliminando ao máximo a necessidade de rateios para gestão de manutenção e investimentos de pequeno e médio porte. É importante fazer entender a todos que o patrimônio só se valoriza se houver manutenção constante e modernização dos equipamentos mínimos necessários para tal.
Como é sua rotina como síndico?
Um dos motivos que me motivou a aceitar a função foi de morar no prédio. Desta forma, considero que estou gerindo a “minha casa”; claro que com uma visão maior, pois estou representando todos os condôminos. Faço um papel de vistoriador diário, com uma preocupação maior no bem-estar de todos principalmente no aspecto de segurança preventiva e funcionamento perfeito dos equipamentos mais importantes do prédio.
Quais as coisas que mais lhe dão prazer ou lhe agradam na função?
Acho que todo ser humano gosta de ser considerado importante em uma comunidade, e eu me sinto assim. Uma coisa que me deixa muito feliz e que me empenho muito para acontecer é quando pessoas que vem no prédio voltam, porque gostaram e se sentiram bem, ou aquelas que vem pela primeira vez e ficam satisfeitos com o local. É sinal que estamos fazendo a coisa certa. O reconhecimento, colaboração e solidariedade completam o meu prazer.
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